Cancro meu: Depois da 1a noticia - cancro de mama - o quefazer???
Depois de descobrir, através de uma biópsia, que aquele nódulo aparentemente inofensivo, afinal era maligno....confesso que demorou até me aperceber o que realmente me estava a acontecer!
Lembrem-se: cada caso é um caso e não há 2 casos de cancro da mama iguais!! É como uma impressão digital. Sei que é bom conversar com outras mulheres que passaram pelo mesmo, mas aconselho a ir com calma e antes de mais seguir cada passo com a máxima atenção e nao levar a "carroça à fente dos bois".
Passo 1-
Também tenho ótimas referências da Dra Maria João Cardoso que está muito ligada à investigação na fundação Champalimaud.
Num próximo post irei falar com mais pormenor desta operação de 6 horas no bloco.
Passo 4 -
Consoante o grau do tumor e a análise aos tais gânglios, o médico decidirá se é necessário fazer quimioterapia e radioterapia e encaminha-nos, se necessário, para um oncologista da sua confiança.
A cabeça anda às voltas, é muita informação para digerir e organizar...mas é importante não desesperar e manter a cabeça erguida e racional. Se estás a passar pela mesma situação, nao esqueças alguns destes conselhos, na minha humilde opinião:
Antes de mais, temos de ser muuuito positivas e pensar sempre que tudo vai correr bem! Hoje em dia o cancro de mama é tratável e não é nenhum bicho de sete cabeças! Temos de ter muito cuidado com as pesquisas na internet, pois normalmente têm péssimos resultados, sobretudo porque estamos fragilizadas e naturalmente mais negativas.
Antes de mais, temos de ser muuuito positivas e pensar sempre que tudo vai correr bem! Hoje em dia o cancro de mama é tratável e não é nenhum bicho de sete cabeças! Temos de ter muito cuidado com as pesquisas na internet, pois normalmente têm péssimos resultados, sobretudo porque estamos fragilizadas e naturalmente mais negativas.
Acabamos por ver só os casos piores, não filtramos bem a informação, não procuramos nos sites mais fidedignos, não temos ainda informação suficiente acerca do nosso caso e portanto acabamos por nos comparar com casos de cancro da mama totalmente diferentes, enfim, pode ser uma expência traumatizante.
Lembrem-se: cada caso é um caso e não há 2 casos de cancro da mama iguais!! É como uma impressão digital. Sei que é bom conversar com outras mulheres que passaram pelo mesmo, mas aconselho a ir com calma e antes de mais seguir cada passo com a máxima atenção e nao levar a "carroça à fente dos bois".
Passo 1-
Escolher uma boa equipa médica - o médico cirurgião especialista em mama que nos irá seguir é importantissimo, pois é ele, juntamente com a sua equipa, que irá definir a estratégia a seguir. No meu caso, como sou do Porto, optei pelo Dr Fleming que é um médico que já trabalhou quase 20 anos no IPO e agora esta na CUF. É muito experiente, já operou mais de 10.000 mulheres e para além disso é extremamente humano e afável, algo que acho fundamental pois quando se está numa situaçao delicada destas, essa boa energia e amabilidade ajuda na cura e põe-nos mais fortes!
Também tenho ótimas referências da Dra Maria João Cardoso que está muito ligada à investigação na fundação Champalimaud.
Esta equipa irá definir o plano de "cura". Em alguns casos poderá ser necessário fazer a quimioterapia primeiro, para, por um lado atuar mais rápido e matar logo qualquer célula maligna que se possa ter espalhado pelo corpo e por outro, fazer com que o tumor fique mais pequeno ou quase desapareça para facilitar a operação e torná-la menos invasiva.
Passo 2-(caso se opte pela operação em primeiro lugar)
Passo 2-(caso se opte pela operação em primeiro lugar)
Fazer todos os exames pré-operatórios que o medico mandar. Normalmente isso inclui: analises ao sangue, biopsy core ( uma biópsia mais aprofundada que retira tecido manário para uma análise mais detalhada do tipo e grau do carcinoma - até aqui só sabia que tinha cancro, mas não sabia o grau, se era ductal ou lobular, se era in situ ou invasor, etc... aqui também vale a pena pedir para analisar o HER 2), ECG, TAC, ressonância.
Para avançar para a cirurgia temos de ter todos estes exames.
No meu caso, fiz o primeiro exame no dia 4 de Agosto e no dia 12, já com todos os resultados, estava deitada na mesa de operações. Com a biopsy core descobri que tinha carcinoma ductal invasivo, grau III, que foi mais um susto...nem sei se pior que o primeiro!
Começava a tomar consciência da possível gravidade do meu tipo de carcinoma, pois quanto maior o grau, maior a agressividade. De qualquer forma, não podemos desesperar nem perder as esperanças. O passo que se segue é muito importante e vai-nos dar muito mais informações acerca do carcinoma!
Passo 3 -
Passo 3 -
Ser operada para retirar o bicharoco : Aqui existem múltiplas hipóteses, dependendo do tipo de carcinoma. Desde as mais simples, como o caso de um carcinoma in situ (mais localizado, encapsulado) onde a intervenção é mais fácil, até às mais radicais, carcinomas mais invasivos- retira-se parte da/s mamas ou toda.
Em qualquer um dos casos, o importante é perceber que este é o grande passo para a nossa cura!! Importa confiar a 100% na equipa escolhida e não passar a vida a pedir outras opinioes, pois isso só confunde!!
Depois de escolhido o médico é entregarmos-nos de corpo e alma e acreditar que tudo vai correr bem.
No meu caso fiz uma mastectomia radical modificada, com recostrução mamária imediata com TRAM homolateral - que trocando por miudos, significa que me tiraram a mama toda, preservando o mamilo e me tiraram gordura da barriga para encher a mama, e para a segurar tiveram de utilizar o meu musculo da barriga- o reto abdominal (aquele musculo bonitinho que vemos quando temos abdominais definidos ;-)
Num próximo post irei falar com mais pormenor desta operação de 6 horas no bloco.
Passo 4 -
Destruir, consoante o caso, qualquer vestigio do " bicho " que por aqui possa andar - para isso existe a quimioterapia e a radioterapia.
Tal como referi, durante a operação, o médico cirurgião retira tecido do tumor que vai ser posteriormente analisado pelo anatomopatologista com todo o pormenor.
Para além disso, em alguns hospitais, no inicio da cirurgia, o médico avalia o gânglio sentinela, através de uma biópsia ao mesmo.
Este procedimento pode reduzir o numero de gânglios linfáticos que sao removidos durante a cirurgia e evitar o esvaziamento axilar que leva a mais algum desconforto no pós cirurgia.
Resumindo, se o gânglio sentinela fôr negativo, quer dizer que não apresenta células malignas e que provavelmente não passou dali para o resto do corpo.
Se o gânglio sentinela é positivo, quer dizer que outros gânglios podem conter células malignas - necessita então de nova cirurgia para remoção dos outros gãnglios da axila para evitar a sua ploriferação.
Consoante o grau do tumor e a análise aos tais gânglios, o médico decidirá se é necessário fazer quimioterapia e radioterapia e encaminha-nos, se necessário, para um oncologista da sua confiança.
O Dr Flemming encaminhou-me para a Dra Margarida Damasceno que é uma profissional muito reconhecida nesta área, das melhores mesmo.
E já se passaram 4 sessões e, com todo o entusiasmo e positivismo, estamos quase no fim. E é espantosa a ajuda da terapia quântica... só vendo os resultados, se acredita.
ResponderEliminarMagnífica a forma como expões toda a situações. A forma como expões as situações creio que retiram certos mitos e temores existentes. Eu creio que hoje em dia o que acontece é que existe nome para as coisas e não podemos ter medo da palavra cancro. Cada vez mais esta doença é tratada e com excelentes resultados. E tu minha heroína vai vencer, já estas a vencer falta pouco chegar à meta. Bjiinhos heroína.
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